Deusa ou humana?


Eu seria insana se me considerasse uma Deusa, embora muitos que me procuram me chamam de Deusa ou Rainha e me idolatram, sou humana, mas não sou como a grande maioria das mulheres, porque escolhi um estilo de vida FEMDOM, que está inserido dentro do BDSM na qual existe uma dualidade de poder dado especificamente à mulher em detrimento ao homem de forma consensual e esse este estilo de vida tem relação ao meu passado, tanto de vida, como por minha natureza, sempre fui mandona. Na vida fui vítima da desigualdade social que nos assola até hoje, nasci pobre e tive que casar por conveniência, pois era assim antigamente, principalmente na minha cidade. Minha mãe era insana, também foi vitima dessa desigualdade e despreparada para ser mãe. Tão cruel comigo e irmãos, que dava a impressão que não éramos amados. Eu superei tais dificuldades e não fico me lamentando, procriei e amo meus filhos mais que tudo nesse mundo, me doei a eles como Jesus mandou amar, “agape”, um amor incondicional e eles me retribuem até hoje me chamando de “mãe maravilhosa”, porém não fico idealizando nada, sou extremamente realista e a vida me ensinou a ver o mundo como ele é realmente.
Não sou uma Deusa, mas me sinto poderosa como uma. Sem comparar, criticar ou julgar qualquer outro modo de vida que cada mulher escolheu, eu nunca aceitei e não aceito as imposições da sociedade machista e muito menos os movimentos feministas que pregam igualdade entre homens e mulheres, muito pelo contrário, para mim os homens têm que servir a mulher, ser submissos e fazer de tudo para me adorar, porque eu penso assim: “Somos nós que geramos vida, damos leite e criamos na maior parte de suas infâncias. Eu sei controlar e tê-los em minhas mãos.
Imagine que vou fazer o que a sociedade espera de uma mulher? Se eu achava que o companheiro não atendia minhas necessidades, simplesmente chutava-os e escolhia outro. Creio que posso escolher, pois tenho capacidade e cérebro suficiente. Tive três casamentos e cada rompimento foi a minha vontade. Eu decidia e eles nunca aceitavam me obedecer. Eu descartava como um copo de plástico.
Não quero me gabar, mas todos os três sofreram com minha decisão, sempre insinuaram uma possível volta, pediram perdão, mas eu me mantive firme. A primeira separação foi há 23 anos, ainda dizem me amar e me procuram, e eu digo que foi tarde para eles tomarem consciência da minha perda, pois tiveram suas chances para mudar durante o casamento, até poderiam mudar, mas nunca aceitariam o contexto a qual pertenço.


Por falar em passado, quando eu tinha cinco anos eu já era sádica e dominadora e essas lembranças são vivas na minha mente e sentimentos. Quando tinha cinco anos de idade eu brincava de casinha com minhas primas e sempre era a mamãe e já falava: - “Agora vocês têm que me obedecer, pois senão coloco de castigo. Você é uma menina muito má. De joelho no milho, já!” Geralmente eu as fazia chorar com meus gritos e castigos, uns mais cruéis que outros e não aceitava suplicas. Falava ameaçando: “Engula o choro, pois senão vão apanhar de vara de marmelo, ouviu bem? Vamos, engula agora esse choro e não me olhe assim, cabeça baixa, sua malcriada”. Era instintivo. Lembro que aos 9 anos de idade tinha uma vizinha que vinha brincar comigo e eu fazia o diabo  com ela, amarrava dizendo que ela era a bandida e eu o policial, torturava com chutes, pisadas e humilhações e ela simplesmente adorava e ai eu vi que tem gente que gosta mesmo é de sentir dor, ter prazer na dor e eu gostava era mesmo de infligir dor de forma intensa em quem eu podia e para quem eu queria e como tinha gente assim, pra minha sorte.

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